A acidificação oceânica refere-se à redução do pH dos oceanos, indicando um aumento na acidez das águas, causada principalmente pela dissolução do dióxido de carbono (CO₂) atmosférico. Esse fenômeno ocorre quando o CO₂ reage com a água, formando ácido carbônico, que libera íons hidrogênio (H+) e altera o equilíbrio químico. Desde a Revolução Industrial, com o aumento de aproximadamente 40% nas emissões de CO₂ devido à queima de combustíveis fósseis, o pH da superfície oceânica diminuiu cerca de 0,1, correspondendo a um aumento de 26% na concentração de íons H+. Embora o oceano desempenhe um papel crucial no equilíbrio climático ao absorver CO₂ e sustentando a fotossíntese de organismos como o fitoplâncton, a acidificação afeta negativamente os ecossistemas marinhos. Espécies como corais, moluscos e crustáceos enfrentam dificuldades na formação de conchas e esqueletos calcários, impactando cadeias alimentares inteiras. Apesar desses desafios, o conhecimento crescente sobre o problema incentiva a adoção de medidas globais para reduzir emissões de carbono e proteger a biodiversidade oceânica.