A descarbonização direta é entendida como a substituição completa de combustíveis fósseis por fontes renováveis e a remoção direta da emissão de CO2 da atmosfera e pode ser vista como oposta ao Mercado de Carbono. Enquanto a descarbonização direta busca uma solução rigorosa e imediata para a redução das emissões, o Mercado de Carbono opera com um sistema de créditos de carbono que permite às empresas compensar suas emissões, o que pode ser interpretado como uma forma de postergar a transição para um modelo de produção mais limpo. A descarbonização direta, ao focar na eliminação das fontes de emissão, desafia a lógica do Mercado de Carbono, que baseia-se na comercialização de direitos de poluição. Dessa forma, a descarbonização direta é vista como uma estratégia mais assertiva e alinhada com o objetivo de alcançar a neutralidade de carbono, para eliminar a fonte do problema (combustíveis fósseis), enquanto o Mercado de Carbono, embora possa contribuir para a redução de emissões, pode ser visto como uma ferramenta que não aborda de forma fundamental a questão da mudança climática, buscando compensar as emissões, sem necessariamente eliminá-las.

Cf. conceitos em:  Alessandra Ueno/Jornal da USP; Ministério de Minas e Energia;  Araújo, E. Silva, M. Ribeiro, R. Sustentabilidade e descarbonização: desafios práticos;Dias, S. S. Jornal de Negócios /Sustentabilidade. Definição aprimorada com auxílio do modelo de linguagem Gemini/Google.